Estou publicando isso num blog não lido porque é touchy. Eu acho que quase ninguém faz filosofia política hoje. Os liberais e o pessoal da democracia deliberativa (Rawls, Habermas etc.) faz basicamente filosofia moral aplicada a questões políticas. Falar em “validade” em normatividade social é um negócio meio século XVIII. Os neoaristotélicos e comunitaristas, assim como os pós-modernos, fazem ética – ou negando qualquer possibilidade de universalidade ou desenterrando um conceito mais substancial de vida boa. Quem se salva, ao meu ver, são as gerações mais novas da teoria crítica, críticas ao legado habermasiano e preocupadas com a política. Um casamento que ao meu ver dá muito certo é trazer Foucault e questões de poder para dentro da teoria crítica, por exemplo. E ler sociologia, em primeiro lugar. Quem fala de normatividade social (um dos temas da filosofia política) tem que entender de sociologia. Não é à toa, eu acho, que onde melhor se tem feito filosofia política hoje é na área da teoria política ou social, nos departamentos de sociologia e ciência política.
(Falta desenvolver).